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Resenha - Star Wars - Os últimos Jedi

Se para muitos, Star Wars – O Despertar da Força, de 2015, era muito saudosista e nostálgico, Star Wars – Os Últimos Jedi vem para mudar a coisa toda de figura, mesmo permanecendo fiel às suas origens.
No filme, após encontrar o mítico e recluso Luke Skywalker (Mark Hammil) em uma ilha isolada ao fim de O Despertar da Força, a jovem Rey (Daisy Ridley, de Assassinato no Expresso do Oriente) busca entender o balanço da Força a partir dos ensinamentos do mestre jedi. Paralelamente, a Primeiro Ordem através de Kylo Ren (Adam Driver, de Logan Lucky – Roubo em Família) se reorganiza para enfrentar a Aliança Rebelde.
Os personagens originais estão mais integrados a trama do que no capítulo anterior e isso dá uma sensação de maior fluidez ao filme, mesmo com a maior duração da série (2h32 min).
Como indicado ao final de O Despertar da Força, o grande arco dramático de Os Últimos Jedi gira em torno da tentativa de Rey convencer Luke Skywalker a treiná-la nos ensinamentos Jedi.
Enquanto isso, do lado negro da força (serei politicamente incorreto e continuarei chamando assim), Kylo Ren precisa terminar os ensinamentos com o Supremo Líder Snoke (Andy Serkis, o Góllum de O Senhor dos Anéis, mais uma vez terrivelmente bem sob camadas de computação gráfica).
Ecoando bem menos de O Império Contra-Ataca do que O Despertar da Força fazia com Uma Nova Esperança, o filme dirigido por Rian Johnson (Looper – Assassinos do Futuro) acaba sendo o melhor da série, desde que o grande filme da franquia estreou, em 1980.
Os devotos da série perceberão semelhanças, é verdade. Mas o que definitivamente é nítido em Os Últimos Jedi é uma ambivalência entre o bem e o mal. Assim como Luke está depressivo e derrotado, Kylo Ren começa a questionar o seu legado. A roda continua girando e isso se torna o maior apelo da nova trilogia. Embora os novos filmes sejam baseados no universo que conhecemos, é muito excitante não saber para onde estamos sendo levados (diferente da Marvel, onde podemos supor algumas coisas graças aos arcos nos quais os filmes se baseiam nos quadrinhos).
Resta um filme para acabar essa trilogia e com isso não podemos deixar de citar o ex stormtrooper Finn (John Boyega, de Detroit em Rebelião) e o piloto Poe Dameron (Oscar Isaac, de X-Men: Apocalipse). Enquanto o primeiro tem um arco no qual precisa encontrar sua coragem, o segundo precisa preencher o vazio deixado por Han Solo (Harrison Ford) e ouso dizer que também o vazio que Carrie Fisher deixará no próximo episódio. Ambos alcançam o que prometem, mas precisam conquistar mais espaço no vindouro episódio IX, que voltará a ser dirigido por J.J. Abrams.
Com mais humor do que estamos acostumados e com diferentes linhas narrativas acontecendo ao mesmo tempo, o frescor está de volta com Os Últimos Jedi, e a trilha sonora vigorosa e clássica de John Williams é o elo que nos faz sentir em casa naquela bela galáxia muito, muito distante.
Talvez Os Últimos Jedi seja um pouco longo demais (e essa resenha também), mas todos tem um propósito no filme e isso o enriquece. Há um frescor e um senso de novidade, mesmo que sejamos levados para aquele universo já tão conhecido, familiar e que nos faz sentir em casa.

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