Em abril, a Única Editora lançou O manual da garota geek, da autora Sam Maggs, e só pelo título eu já fiquei curiosa. Um dia, na livraria, olhei rapidamente algumas páginas que falavam sobre convenções nerds, então logo achei que o conteúdo do livro fosse engraçadinho, com dicas para diversas situações da vida com foco nas garotas geek. No início desse mês tive a oportunidade de trocar esse livro no Skoob, então resolvi conferir na íntegra qual era a desse O manual da garota geek.
Graças à popularização de séries, jogos, sagas literárias fantásticas e filmes da Marvel, é dificil encontrar algum jovem que não seja pelo menos um pouco geek (acho importante ressaltar que, na minha opinião, não existe essa de poser, e qualquer um pode ser fã de algo sem ter lido as HQs originais de 1900 e bolinha). Nós garotas somos fãs de tudo isso há um tempão, mas foi recentemente que a indústria começou a nos considerar como um público expressivo e direcionar a produção desse tipo de entretenimento para os nossos interesses. Como resultado, hoje nós podemos nos deleitar com histórias contendo personagens femininas fortes, como Jogos Vorazes, Divergente, A-Force e Batwoman, só para citar as primeiras que me vieram à cabeça.
Mas no mesmo universo em que existe o empoderamento de mulheres, também existe um coro amargo chamando a Viúva Negra de vadia. As pessoas que falam isso muito provavelmente são as mesmas que pedem para uma garota citar o nome de todos os Lanterna Verde em ordem cronológica caso ela esteja usando uma camiseta com o símbolo da Tropa dos Lanternas Verdes. Se for um homem usando essa mesma peça, no máximo receberá um elogio pela camiseta maneira. Nosso amor pelo mundo geek ainda é visto com desconfiança por grande parte dos fãs do sexo masculino (infelizmente). Alguns acham que garotas fingem ser geeks para atrair sua atenção, o que me faz pensar que eu queria ter metade da auto-estima dos caras que se colocam nesse pedestal.
Voltando para o livro de Sam Maggs, qual foi minha surpresa ao iniciar a leitura de O manual da garota geek e descobrir que não se tratava somente de um livro de dicas bobinhas? Fui surpreendida positivamente por diversas passagens de empoderamento, entrevistas com profissionais maravilhosas da área do entretenimento e também muitas críticas ao tratamento recebido pelas garotas em eventos geeks. Algumas partes de O manual da garota geek podem até ser engraçadinhas, mas essa é a proposta da autora: escrever um livro leve e divertido de uma garota geek para garotas geeks, sem deixar de lado a reflexão sobre tudo que envolve esse universo.
Minha única ressalva fica por conta da tradução de alguns termos. Se você possui alguma familiaridade com expressões típicas da internet, vai estranhar bastante e até se confundir com o uso de algumas gírias traduzidas. Outros termos são mostrados em inglês e possuem uma nota de tradução. Não fica claro qual foi o critério de decisão adotado, o que, ao meu ver, foi um ponto negativo e que merecia mais atenção.
Por ser um livro dividido por temas e com capítulos curtos, O manual da garota geek é aquele livro perfeito para ser lido nas brechas de tempo durante o dia. A escrita da Sam Maggs é muito divertida, com direito a ótimas referências ao longo dos textos. Parafraseando a autora, ser uma garota geek é a melhor coisa do mundo. Venha para o nosso lado da Força!
Aproveitando a temática, que tem tudo a ver com o livro resenhado, decidi responder a TAG Geek Girls, que vi no canal da Karen Bachini. Como o próprio nome sugere, são perguntas sobre jogos, filmes, séries e tudo que faz parte do universo geek e nerd. Vamos começar!
1. Um game que te fez ficar sem dormir.
Apesar de não ser uma pessoa viciada em jogos, também tenho meus favoritos. O último jogo que me fez ficar sem dormir foi Pokémon Alpha Sapphire. Cheguei a sonhar e acordar de madrugada pra jogar um pouco.
2. Um filme que te fez tremer.
Posso apontar uma lista de defeitos nessa adaptação cinematográfica, mas O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos me emocionou em muitos níveis. Destaque para a música The Last Goodbye que toca no final, emocionando todos os fãs com a despedida da Terra Média das telonas (por enquanto).
3. Um desenho ou anime que te fez chorar.
Quando terminei de assistir A Viagem de Chihiro, desatei a chorar copiosamente. Os filmes do Studio Ghibli são muito delicados e sensíveis. Sempre fico tocada com a maneira como eles contam uma história.
4. Um seriado que te fez gargalhar.
Ele ganhou um post inteirinho só dele há alguns dias (clique aqui para ler). Gargalhei muito com Agents of S.H.I.E.L.D. e já estou doida para começar a segunda temporada!
5. O melhor super-herói.
Acho que já ficou claro que eu amo super-heróis! Apesar de ser apegada a vários personagens, o primeiro lugar ainda é do Batman. Menção honrosa para Batwoman e Hulk.
6. O pior vilão que já existiu.
O pior e melhor vilão. O mais instigante e perturbador, principalmente quando nos damos conta que dentro de cada um de nós existe ao menos uma gota de loucura e insanidade. Coringa, te amo.
7. Crossover geek dos seus sonhos.
Essa é covardia! Todo nerd que se preza já imaginou todos os crossovers possíveis. Eu gostaria de ver uma batalha épica entre o Raiden, de Mortal Kombat, e o Thor, da Marvel. Ambos são deuses do trovão, vieram de reinos diferentes da Terra e juraram proteger a mesma contra eventuais vilões. A semelhança é tanta que no fim das contas eles desistiriam da luta, dariam as mãos e iriam saltitar por algum gramado bonito.
8. A classe do seu personagem no RPG.
Joguei poucas vezes, mais por falta de conhecer pessoas que jogam do que por falta de vontade. Apesar de não ser uma pessoa religiosa na vida real, minha classe preferida é clérigo.
9. Os três sites que você mais acessa.
O Twitter é a rede social suprema para quem quer estar bem informado em tempo real sobre qualquer assunto, então estou sempre por lá. Inclusive, por estar sempre postando novidades no Twitter, acesso bastante o Omelete, que além das notícias também possui ótimas resenhas de livros e filmes. O terceiro site seria o YouTube, onde também acompanho resenhas de todos os tipos (de entretenimento a produtos).
10. Melhor item geek.
Sem dúvidas, minha caneta mágica de Sailor Moon dos anos 90. O acabamento é lindo e nem parece feito para crianças. Não se fazem mais brinquedos como antigamente!
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