O livro que se tornou um dos meus preferidos da série conta a história de Harry Potter no quinto ano da Escola de Bruxaria Hogwarts. E, como é de praxe, não será comum – afinal se trata da vida de Potter. O livro – e o ano – já começa diferente. Após usar magia para se defender de um ataque de Dementadores numa rua próxima de sua casa, Harry vai a julgamento pelo Ministério da Magia por ter infringido uma das principais leis do mundo mágico.
Enquanto está sob a ameaça de ser expulso da escola, ele descobre uma sociedade secreta da qual os bruxos que ele mais presa fazem parte. É ela que dá nome ao livro: a Ordem da Fênix. E ela que terá um dos destaques do quinto volume da série de J. K. Rowling. Mas, até aí, sem spoiler. Em um livro recheado de ação, suspense e uma dose de amor, a quinta aventura de Harry estará intimamente ligada ao Lorde das Trevas. Ou seja, promessa de muita coisa boa.
E realmente, a promessa se cumpre – vai por mim. Conforme os livros avançam, eles vão se tornando mais maduros. Este não é diferente. Harry cresce, seus amigos também e a história amadurece. Eis o momento propício para que J. K. coloque em suas páginas o avanço da aventura que conquistou o mundo.
Sob muita desconfiança do mundo bruxo, Harry precisa levar tentar levar a vida da melhor forma possível. Não só ninguém acredita nele, achando que a história da volta de Voldemort é invencionice pura, como também o próprio bruxo está tentando agir na surdina, já que o Ministério resolveu encampar a ideia de que Lorde não retornou. Prato cheio para Voldemort e Rowling se jogarem na armações.
Com um dos roteiros mais bem amarrados que já vi, o livro me conquistou antes da metade. Poucas coisas me incomodaram. Harry, por estar em sua adolescência possivelmente, está chato, irritante, mandão… faz birra com muita coisa. O romance dele também não engrena. Acho que nem a própria J. K. se convenceu e preferiu desistir. Por fim, o tamanho dele – SIM, são mais de 700. Creio que com algumas páginas a menos, a história ficaria mais redonda ainda. Mas nem por isso a autora “encheu linguiça”. O livro tem fôlego em quase sua totalidade.
No mais, gostei de tudo. Do amadurecimento dos personagens, das situações – boas e ruins – criadas pela autora e da genialidade do roteiro. Novos personagens chegaram. A maioria deles sem grande destaque. Mas Dolores… ahhh, que mulher insuportavelmente bem construída – e perfeitamente transportada para o cinema. A chegada de Dolores a Hogwarts dá um fôlego especial à trama. E cria situações muito boas.
Quem leu, sabe, quem assistiu também… mas tem quem não saiba ainda. Nesse livro ocorre a morte de um dos personagens mais adorados da série. E também deve ter nascido a ira de muitos leitores e fã para com J. K. Mas, dentro do contexto, gostei – talvez por eu já conhecer o futuro da série. Preferia não, mas aconteceu e a coragem da autora me animou. Gosto quando há esses espasmos de loucura em escritores.
Outro destaque, que gostei muito no livro e foi igualmente bem retratado no filme, é a Armada de Dumbledore. Não vou explicar o que é pra não soltar spoiler. Mas garanto que foi uma boa sacada da autora e deu uma movimentação interessante ao livro também. Falando sobre filme, até agora, creio eu, salvo engano, é o que mais mudou de um para o outro. Preciso rever a produção, porque faz tempo que assisti pela última vez, mas o que me recordo tem várias mudanças significativas.
Teria muito ainda a falar, mas vou terminando. Preciso voltar a falar da genialidade do roteiro. Não é só a história dentro do quinto livro, mas também a saga toda. Tudo se liga. Nada é jogado de graça, por uma vontade de autora. Tudo tem um porquê. E isso torna a história ainda mais viciante. O arco final, da grande batalha até as grandes revelações de Dumbledore a Harry Potter, foi incrível e quase impossível de largar. Não só a construção de tudo, mas a história, os segredos – AGORA TUDO FAZ SENTIDO. Ela costurou tudo direitinho antes de iniciar a escrever a obra – uma lição pra muito autor bam bam por aí que muda ao bel prazer e acha que convence.
Enfim, cinco estrelas merecidas. Tchau!
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