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Star Wars - O disperta da força

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“Luke Skywalker has vanished”. É com essa frase, e aquela música tema, que Star Wars: O Despertar da Força começa — e essa é também a única coisa da história, em todo o filme, que vou te contar. É a única informação REALMENTE importante em todos os trailers vistos até agora. Por fim, é essa a única informação que você precisa saber para ver este filme.
Faz 10 anos desde a estreia do último filme da saga criada por George Lucas. Quase 40 desde que assistiram a Uma Nova Esperança pela primeira vez. Gerações nasceram, cresceram e se reproduziram nesse tempo e, por mais que seja legal pra caralho, ninguém que chegou depois nessa bolinha azul chamada Terra é obrigado a ter assistido Guerra nas Estrelas. Ou mesmo gostar daquilo que viu antes.
Não seria JJ Abrams, diretor e co-roteirista de O Despertar da Força, ou os roteiristas Lawrence Kasdan e Michael Arndt, ou ainda os produtores Bryan Burk e Kathleen Kennedy que obrigariam alguém a isso. Pelo contrário: logo nos primeiros minutos somos apresentados a personagens totalmente novos, gente que, como havia adiantado o Bryan Burk em entrevista recente ao JUDÃO, “apenas ouviram palavras como Skywalker, como Han Solo, ou viram reminiscências do Império”.
Gente que apenas ouviu falar sobre essas LENDAS.
Rey é a grande personagem do filme, representando um instinto de sobrevivência, uma face lutadora, mais física. Daisy Ridley está sensacional na no papel, acertando no tom exato da personagem. Finn, vivido por John Boyega, representa todos aqueles que, em certo momento, acordam e percebem que não precisam se conformar com a vida que têm. Kylo Ren, o vilão interpretado pelo Adam Driver, tem muitas camadas, numa profundidade que diria que supera a do Darth Vader na trilogia original. E o Poe Dameron, vivido pelo Oscar Isaac, é aquele cara com o qual você ficaria por horas e horas conversando num boteco qualquer. Um amigão pra toda a vida.
E quando BB-8 aparece na tela, a empatia é quase instantânea com os personagens à volta e com a gente que tá assistindo ao filme e já previamente cheio de amor por ele — sem falar que ele tem uma participação PIVOTAL em todo o enredo. É a tal da magia do cinema em sua representação mais pura.
Bryan Burk já havia dito isso pra gente, mas agora pudemos comprovar: o tom é meio que um mix de coisas de Uma Nova Esperança e O Império Contra-Ataca. Tem aquela coisa do espaço chamar todos nós ali da sala de cinema pra uma volta, pra se guiar pela Luz, mas tem também o peso forte do Lado Negro.
Há diversos momentos paralelos à trilogia clássica – a principal homenageada em O Despertar da Força — mas sem que se tornasse algo pedante ou uma paródia de si mesma. As referências e inspirações estão lá, já que trata-se do mesmo universo, de uma continuação, mas a história é totalmente nova. Mais uma vez, nada te obrigará a ter visto os filmes antigos.
Como já tinha sido dito, essa não é uma declaração política — ainda que os paralelos possam ser feitos aos montes, especialmente se olharmos para o Brasil de 2015. Pra mim, o que fica é que este é um filme sobre legado. O legado das nossas escolhas, das nossas decisões, da mensagem que sobra, do que deixamos para o mundo. O Lado Negro pode ser o mais legal, sim. Mas, se você semear a escuridão, o que irá colher no futuro?
Há sim alguns detalhezinhos que poderiam ser melhores, mas Star Wars: O Despertar da Força é um bom filme, no nível da trilogia original. Tem bom ritmo, quase nunca se apressa nos acontecimentos e, principalmente, não se leva a sério.
Tudo isso é, ainda, fantasia.
George Lucas por muito tempo disse que não tinha ideia do que fazer numa nova trilogia simplesmente porque Star Wars sempre foi a história do Darth Vader — e, bom, ele morre, você sabe. Lucas até chegou a rabiscar algumas ideias num tratamento de roteiro antes de vender tudo pra Disney, mas nada além disso.
Ele estava enganado.
A franquia se tornou mais do que isso, principalmente agora, com esse sétimo episódio, que é OFICIALMENTE o Episóvio VII. Star Wars é a história de todos nós. É a história de como aquilo fez, faz ou ainda fará parte da vida de muita gente. É a daqueles personagens novos e tão diversos que apareceram agora. É a história de Luke, Leia e Han, que são parte do nosso Olimpo pós-moderno.
Pela primeira vez na vida, eu entendo o sofrimento é que ter que esperar pra ver essa história continuar. Deve ter sido esse sentimento dos meus pais em 1978. E em 1980.
A Força despertou. E, com fé nela, tudo podemos conquistar. Pode ser até um filme que, por anos e anos, pareceu que nunca iria existir. ;)

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